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57 trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão em propriedade rural na Bahia; 30 são do Piauí

Trabalhadores eram mantidos em alojamentos precários, sem saneamento básico e cozinhas improvisadas; empregador se recusa a pagar direitos rescisórios.

25/06/2025 às 17h06 Atualizada em 25/06/2025 às 17h13
Por: Redação Acesse União
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foto internet
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Cinquenta e sete trabalhadores foram resgatados de uma situação análoga à escravidão em uma propriedade rural no município de Gentio do Ouro, interior da Bahia. A ação foi divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Ministério Público do Trabalho do Piauí (MPT-PI).

Entre os resgatados, 30 são do Piauí, 15 da Bahia e 12 do Ceará. Segundo o procurador do Trabalho Edno Moura, coordenador regional de combate ao trabalho escravo do MPT-PI, eles atuavam de forma irregular na extração de palha e pó de carnaúba.

De acordo com o MPT, os trabalhadores viviam em condições degradantes: alojamentos superlotados, sem banheiros ou estrutura mínima de higiene. A alimentação era feita em tocos de madeira, e os próprios trabalhadores precisavam preparar a comida em fogareiros improvisados.

“É uma situação degradante, que fere a dignidade humana”, afirmou o procurador Edno Moura.

O MPT informou ainda que os 30 piauienses foram levados à Bahia por um empregador do próprio Piauí. Ele se recusou a pagar as verbas rescisórias e indenizações devidas, mesmo após o resgate.

“Parte dos trabalhadores já recebeu seus direitos, mas no caso dos piauienses, o empregador continua se negando. O MPT tomará as medidas legais para garantir o pagamento das verbas rescisórias e também indenizações por danos morais, tanto individuais quanto coletivos”, declarou o procurador

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