O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite deste sábado (21/6) que as forças americanas realizaram ataques aéreos em três instalações nucleares no Irã. O ataque ocorre no contexto do crescente conflito entre o Irã e Israel, aliado dos EUA. Trump afirmou em suas redes sociais, na plataforma Truth Social: "Completamos com sucesso nosso ataque a três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. Todos os aviões já estão fora do espaço aéreo iraniano. A principal instalação, Fordow, recebeu uma carga completa de bombas."
A instalação de Fordow, uma base subterrânea, é considerada um dos principais centros de enriquecimento de urânio do Irã, com a capacidade de operar até 3.000 centrífugas, conforme estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma agência da ONU. Trump também destacou: "Todos os aviões estão seguros e a caminho de casa. Parabéns aos nossos valentes guerreiros americanos. Não existe exército no mundo que poderia ter feito isso. Agora é hora de buscar a paz. Agradecemos a sua atenção."
Conflito entre Israel e Irã
A escalada de tensões entre Israel e Irã começou na madrugada de 13 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram o centro do programa nuclear iraniano e alvos relacionados a líderes militares em Teerã. Em resposta, o governo iraniano lançou ataques retaliatórios, o que elevou as chances de um conflito mais amplo no Oriente Médio. Segundo a mídia estatal iraniana, mais de 430 pessoas perderam a vida e cerca de 3.500 ficaram feridas desde o início dos confrontos.
O governo de Benjamin Netanyahu afirmou que os bombardeios visam especificamente interromper o avanço do programa nuclear do Irã, que Israel considera uma ameaça direta à sua segurança. A rapidez da escalada e a intensidade dos ataques aumentaram o temor de que o confronto se transformasse em uma guerra de grande escala na região, especialmente com a possibilidade de intervenção dos EUA.
Neste contexto, os Estados Unidos deslocaram para Guam, uma ilha entre a Austrália e o Japão, aviões B-2, conhecidos por sua capacidade de atacar alvos subterrâneos de difícil acesso. Essas aeronaves são equipadas com a bomba GBU-57, capaz de penetrar até 61 metros de rocha ou 18 metros de concreto antes de detonar.