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Bolsonaro minimiza atos de 8 de janeiro e politiza depoimento no STF

Ex-presidente é apontado como o centro do esquema golpista pelo MPF.

11/06/2025 às 09h19 Atualizada em 20/06/2025 às 18h59
Por: Redação Acesse União
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foto da internet.
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Jair Bolsonaro minimizou sua participação nos atos do 8 de janeiro durante seu depoimento no STF, no julgamento que apura sua responsabilidade na tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente usou a sessão para enaltecer seu governo, destacando avanços como a criação do Pix, a ampliação do Bolsa Família e os superávits do Porto de Santos e Itaipu. Ele ainda ironizou sobre "inimizades" que surgiram ao "tapar os ralos da corrupção".

Durante o depoimento, Bolsonaro também fez uma brincadeira com o ministro Alexandre de Moraes, sugerindo que ele fosse seu vice em 2026, mas o ministro recusou com ironia.

O ex-presidente reafirmou que sempre atuou dentro da Constituição e alegou ser alvo de perseguição do STF, afirmando ter sido impedido de tomar medidas como a redução dos preços dos combustíveis. Quando questionado sobre as fraudes nas urnas eletrônicas, disse que suas dúvidas não eram exclusivas e citou outros políticos, como Flávio Dino, que também levantaram questões sobre a segurança das eleições.

Sobre as acusações que envolvem ministros do STF e os R$ 30 milhões que ele alegou ter sido pagos a Barroso e Fachin, Bolsonaro pediu desculpas, admitindo que não tinha provas concretas para as afirmações.

O depoimento também abordou a acusação de que Bolsonaro teria tentado intervir nas eleições, ao editar minutas de decreto e estimular o apoio militar a uma ação golpista. O ex-presidente negou qualquer tentativa de golpe e disse nunca ter cogitado medidas como estado de sítio ou defesa, alegando que sempre se manteve dentro dos limites constitucionais.

Bolsonaro é apontado pelo Ministério Público Federal como o centro do esquema golpista, com base na delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que afirmou ter visto Bolsonaro revisar minutas para anular o resultado eleitoral. No entanto, o ex-presidente contesta essas acusações, e sua defesa aposta na falta de provas robustas sobre sua participação direta. O julgamento segue, com o ex-presidente tentando se apresentar como vítima de perseguição política enquanto nega envolvimento no golpe.

 

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