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Casal de funcionários da Embaixada de Israel é morto a tiros em frente ao Museu Judaico de Washington

Crime é investigado como ato antissemita pelas autoridades dos Estados Unidos

22/05/2025 às 09h28 Atualizada em 10/06/2025 às 20h01
Por: Redação Acesse União
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Foto/Reprodução: Internet
Foto/Reprodução: Internet

Dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos foram mortos a tiros na noite desta quarta-feira (21), em frente ao Museu Judaico de Washington D.C. As vítimas, identificadas como Sarah Lynn Milgram e Yaron Lischinsky, eram namorados e estavam prestes a ficarem noivos, segundo o embaixador israelense Yechiel Leiter.

De acordo com a polícia, o casal havia acabado de sair de um evento no museu quando foi abordado e baleado na rua. O suspeito do crime, Elias Rodríguez, foi preso poucos minutos depois nas proximidades. Testemunhas afirmaram que ele gritou “Palestina livre” no momento da prisão e teria confessado o ataque dentro do museu, após entrar desarmado no local.

"Ele disse: 'Fiz isso por Gaza'", relatou a designer Katie Kalisher, uma das participantes do evento. Rodríguez também indicou onde havia descartado a arma, que foi posteriormente recuperada pela polícia.

Segundo as autoridades, Rodríguez disparou contra quatro pessoas, mas apenas Sarah e Yaron foram atingidos fatalmente. A chefe da polícia de Washington informou que o suspeito não tinha antecedentes criminais e agiu sozinho.

O crime aconteceu próximo ao escritório regional do FBI, que já acompanha o caso. A Secretaria de Segurança Interna dos EUA também participa das investigações, tratando o ataque como motivado por ódio antissemita.

O evento realizado no museu era promovido pelo Comitê Judaico Americano (AJC). Em nota, a organização lamentou profundamente a tragédia e afirmou que suas atenções estão voltadas para as famílias das vítimas.

Repercussão internacional

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou estar "chocado" com os assassinatos, que classificou como atos de terrorismo antissemita. Ele prometeu reforçar a segurança de embaixadas israelenses em todo o mundo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, também se manifestou nas redes sociais:

“Esses assassinatos horríveis, claramente motivados por antissemitismo, precisam acabar. O ódio e o radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos. Que Deus abençoe as famílias das vítimas.”

O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, chamou o ataque de “um ato perverso de terrorismo antissemita” e destacou que atingir diplomatas e a comunidade judaica representa “um limite inaceitável”.

A porta-voz da embaixada israelense, Tal Naium Cohen, afirmou que confia plenamente nas autoridades americanas para esclarecer o caso e proteger os representantes de Israel nos EUA.

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