O empresário Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter) e da montadora Tesla, usou sua conta na plataforma para criticar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando a decisão como uma forma de "tirania". Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em julgamento realizado em 2023.
Musk compartilhou uma publicação que mencionava Bolsonaro junto a outros líderes conservadores ao redor do mundo, sugerindo que esses políticos estariam sendo prejudicados sob o pretexto de "defender a democracia".
“[Marine] Le Pen banida das eleições
[Jair] Bolsonaro proibido de concorrer à eleição
Vitória eleitoral de [Calin] Georgescu cancelada
AFD [Partido Alternativa para a Alemanha] designada como grupo extremista
Tudo em nome da proteção da democracia”, afirma a publicação.
Tyranny https://t.co/FFK44v52fq
— Elon Musk (@elonmusk) May 3, 2025
O caso Bolsonaro
A Justiça Eleitoral determinou a inelegibilidade de Jair Bolsonaro por oito anos, após concluir que ele cometeu abuso de poder político e usou indevidamente meios de comunicação. A decisão foi motivada por uma reunião realizada em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, com embaixadores estrangeiros. Durante o encontro, Bolsonaro fez críticas ao sistema eleitoral, às urnas eletrônicas e ao papel do STF e do próprio TSE.
Desde então, o ex-presidente tem mantido sua posição de que é inocente e já declarou a intenção de concorrer novamente à presidência em 2026.
Propostas para reduzir a inelegibilidade
Na Câmara dos Deputados, o PL apresentou dois projetos de lei que propõem alterar a Lei da Ficha Limpa, diminuindo de oito para dois anos o período de inelegibilidade. Se aprovadas a tempo — até 3 de outubro de 2025 — essas mudanças poderiam permitir que Bolsonaro voltasse a disputar eleições já no próximo pleito presidencial.