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O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, criticou líderes do Centrão que ameaçam deixar o governo e pedir mais espaço na Esplanada. Em entrevista ao Valor Econômico, ele afirmou que muitos se aproveitam do governo e depois o criticam. Sua declaração aconteceu no contexto da reforma ministerial que o presidente Lula está fazendo de forma gradual.
Desde 2024, o nome de Dias foi cogitado para deixar o cargo, especialmente com o interesse do PSD e de outros partidos na sua pasta. No entanto, a tendência é que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) continue sob o controle do PT, visto que a gestão do Bolsa Família é central para o governo Lula. Houve especulações de que a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) poderia assumir a pasta, mas com sua nomeação para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), as pressões diminuíram. Dias afirmou que o MDS não está em negociações políticas e ressaltou a importância da pasta para o governo.
A resistência de Lula em entregar o MDS ao Centrão ocorre enquanto o bloco político busca mais espaço ou cogita sair do governo. Dias criticou a postura de alguns líderes do Centrão, dizendo que muitos aproveitam a participação no governo e depois criticam. Ele também comentou as declarações de Ciro Nogueira, um dos principais articuladores do Centrão, que questionou a nomeação de André Fufuca (PP-MA) para o Ministério do Esporte, ironizando a situação de Nogueira.
Em relação ao cenário econômico, Dias demonstrou confiança na recuperação do governo e minimizou as dificuldades enfrentadas, comparando a situação atual com a eleição de 2022. Ele atribuiu a alta dos alimentos a fatores externos, como enchentes e secas, além da valorização do dólar. O ministro também comentou a decisão do governo de zerar as tarifas de importação para controlar a inflação de alimentos, alertando para a atuação de setores financeiros que especulam contra o governo, gerando instabilidade econômica.
Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião do Acesse União
