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Agora, Trump quer o Vaticano; depois de México, Canadá e Groenlândia

Trump atua para emplacar nome de extrema-direita para substituir Papa Francisco

08/03/2025 às 21h50
Por: Redação Acesse União
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 Foto/Reprodução: Internet
Foto/Reprodução: Internet

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está começando a elaborar uma estratégia para influenciar o processo de sucessão de Papa Francisco, caso o pontífice seja obrigado a renunciar ou não consiga resistir aos problemas de saúde. A intenção, segundo fontes na Casa Branca, é garantir que o próximo líder da Igreja Católica esteja mais alinhado com a agenda ultraconservadora do governo dos EUA.

A movimentação ganhou força quando Trump nomeou Brian Burch como embaixador dos Estados Unidos junto à Santa Sé. Esse anúncio foi interpretado por setores do Vaticano como um ataque direto ao pontificado de Francisco. Trump destacou a importância de Burch, um católico fervoroso, pai de nove filhos e presidente da CatholicVote, dizendo que ele foi crucial na conquista do voto católico nas últimas eleições. “Brian me representou muito bem durante a eleição”, declarou o presidente.

Burch, por sua vez, assumiu o cargo com um discurso mais genérico, sem mencionar Francisco diretamente. “Estou comprometido em trabalhar com líderes dentro do Vaticano e com a nova administração para promover a dignidade de todas as pessoas e o bem comum”, disse ele. Nos bastidores, a CatholicVote tem sido essencial para fortalecer relações com políticos conservadores e apoiar pautas como o combate ao direito ao aborto, ao movimento LGBT e à imigração. A pressão sobre o Vaticano se reflete em cortes de financiamento para entidades ligadas a Francisco, além do fortalecimento de aliados ultratradicionalistas tanto nos Estados Unidos quanto fora deles. Muitos desses grupos comemoram as atitudes de Trump, especialmente quando ele se opõe a iniciativas vistas como “moderadas” ou “progressistas” do Papa. O vice-presidente JD Vance, por exemplo, afirmou que Trump tem sido “incrivelmente bom para os católicos”, citando sua defesa dos direitos dos manifestantes pró-vida e da liberdade religiosa.

O Vaticano respondeu com medidas como a nomeação de líderes críticos ao governo Trump para cargos importantes dentro da Igreja. Contudo, a Casa Branca continua a pressionar, seja estreitando laços com cardeais e bispos conservadores ou por meio de ações políticas que reforçam uma agenda religiosa rígida. Vance provocou, dizendo: “Eles precisam se olhar no espelho”, em referência a Francisco.

Nos bastidores de Washington, a presença de católicos ultraconservadores no governo dos EUA se tornou mais visível, com figuras como Karoline Leavitt, Tom Homam e JD Vance apoiando as visões de Trump. Caso o Papa Francisco alcance 92 anos, as tentativas de influenciar o conclave continuarão, com a intenção de garantir que o próximo Papa esteja mais alinhado às bandeiras políticas da atual administração americana. As informações são de Jamil Chade, do UOL, via DCM.

 

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