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Em Roma, Wellington Dias é eleito presidente mundial da aliança contra fome

Dias terá a missão de promover um debate estratégico entre os países e órgãos membros sobre ações imediatas a serem tomadas

11/02/2025 às 23h42
Por: Redação Acesse União
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 Foto/Reprodução: Internet
Foto/Reprodução: Internet

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, foi escolhido presidente do Conselho de Campeões da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, nesta terça-feira (11). A eleição ocorreu na sede do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), em Roma, Itália, durante a primeira reunião do Conselho. Nesse encontro, a composição do grupo foi formalizada, assim como as definições das presidências e vice-presidências, e as regras de funcionamento foram aprovadas.

O conselho, que será presidido por Wellington, reúne representantes de alto nível de países, instituições financeiras e organizações internacionais que desempenham papéis chave na implementação de programas voltados à segurança alimentar e ao combate à pobreza. A missão de Dias será fomentar um debate estratégico entre os membros sobre ações urgentes para melhorar o funcionamento da Aliança.

Além disso, ele terá a responsabilidade de acelerar o planejamento das primeiras operações concretas em nível nacional, como a mobilização de recursos financeiros, a promoção de parcerias intersetoriais e a eliminação de barreiras à implementação de políticas.

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, participou da abertura da reunião do Conselho e ressaltou que o combate à fome é um dos principais objetivos do presidente Lula. Ela destacou que as experiências de vida dele o tornaram plenamente consciente da necessidade de combater a insegurança alimentar. “Para mim, é uma honra participar desse momento histórico da Aliança Global Contra a Fome e Pobreza. Essa luta pelos mais pobres do Brasil e do mundo é uma grande bandeira do presidente Lula, que, por suas vivências, sabe o quanto isso é fundamental. Esse tema também se tornou a minha causa. Devemos fazer nossa parte, e a Aliança propõe unir esforços de diversos países. Hoje estamos colhendo os frutos dessa ação”, declarou.

Em sua presidência, o ministro brasileiro iniciou discussões sobre as prioridades estratégicas para 2025 e sugeriu ao grupo a realização da primeira Cúpula Contra a Fome e a Pobreza, que acontecerá no Catar, em novembro de 2025, paralela à Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social da ONU. Ele também propôs a criação de um programa de Embaixadores da Boa Vontade da Aliança.

Wellington destacou que a criação do Conselho de Campeões é um marco na operacionalização da Aliança, reunindo líderes globais para promover parcerias concretas e ações com foco em resultados. Ele explicou que uma equipe multidisciplinar, chamada “Mecanismo de Apoio”, trabalhará com funcionários em Roma, Brasília, Washington DC, Addis Abeba e Bangkok para facilitar o desenvolvimento de parcerias específicas para cada país que solicitar apoio.

“O foco é no país, implementando programas de acordo com seu plano, escolhidos a partir das políticas públicas da Aliança”, afirmou. “O principal papel dos Campeões será incentivar países, instituições e organizações, incluindo as suas próprias, a manter o apoio e a implementação das metas da Aliança Global”, completou, destacando que ações brasileiras como o Cadastro Único e o Bolsa Família servirão de modelo para outras nações.

A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada na Cúpula de Líderes do G20 sob a presidência brasileira, em novembro de 2024, é uma iniciativa voltada para a mobilização de recursos e a coordenação de ações para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 (erradicação da pobreza) e 2 (fome zero).

Entre as políticas propostas pela Aliança estão a proteção social, inclusão socioeconômica, cadastros sociais (como o Cadastro Único), programas de habitação popular, cantinas comunitárias, agricultura familiar, alimentação escolar, apoio à primeira infância, acesso a água em comunidades isoladas, entre outras iniciativas.

As metas e compromissos da Aliança incluem:

  • Alcançar 500 milhões de pessoas com transferências de renda em países de baixa e média renda.
  • Expandir a alimentação escolar para 200 milhões de pessoas.
  • Apoiar 150 milhões de pessoas com programas voltados à primeira infância.
  • Incluir 100 milhões de pessoas em programas socioeconômicos.
  • Oferecer 24 bilhões de dólares em crédito pelo Banco Interamericano, além de 200 milhões de dólares em doações para assistência técnica.
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